Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A diretoria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deverá avaliar ainda este ano o pedido de financiamento de longo prazo para a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu, no Pará.
A informação foi dada pelo superintendente da Área de Energia da instituição, Nelson Siffert, ao participar do seminário A Agenda da Infraestrutura do Brasil, promovido pelo Instituto de Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV).
Segundo Siffert, o corpo técnico do BNDES está procurando concluir a análise de maneira a que o pedido de empréstimo possa ser submetido à apreciação da diretoria da instituição. “Em seguida da aprovação por parte da diretoria viria a contratação do crédito de longo prazo e depois a liberação, mas isto dependerá da velocidade das empresas de contratarem”.
Embora tenha se esquivado de revelar o valor do financiamento, o superintendente do BNDES destacou a importância do empreendimento. “Eu não gostaria de adiantar números, mas o banco entende o empreendimento como um projeto muito importante e que agrega uma capacidade de energia [ao Sistema Interligado Nacional – SIN] bastante expressiva”.
Na avaliação do executivo, é preciso analisar o projeto levando em conta também as questões sócioambientais. “O banco está comprometido com o projeto, mas tem que ser levado em conta também as questões sócioambientais, o desenvolvimento do entorno [do empreendimento]. Eu não gostaria de adiantar o valor do financiamento, mas será sim um valor bastante expressivo – proporcional ao próprio empreendimento. É um contrato único. Imagina-se que terá agentes repassadores, públicos e privados. Então não será o BNDES sozinho”.
O superintendente da Área de Energia do BNDES disse que a carteira de energia do banco vem crescendo bastante em relação ao ano passado e deverá somar, este ano, cerca de R$ 15 bilhões, considerando também a parte destinada à energia eólica, que está registrando um crescimento “bastante expressivo”. “O desembolso do banco este ano para o setor de energia deverá crescer cerca de 20%”.
Edição: Fábio Massalli