Apesar da greve, Polícia Federal no Rio vai trabalhar com todo o efetivo durante eleições

06/10/2012 - 11h34

Douglas Corrêa
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - A Polícia Federal (PF) vai atuar com 600 homens nas eleições de amanhã (7) – 467 agentes somente na capital fluminense. Apesar da greve dos escrivães, papiloscopistas e agentes federais já durar mais de 60 dias, a categoria decidiu colocar todo o efetivo na rua, cumprindo acordo assumido com a presidenta do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, de manter os trabalhos da PF durante as eleições.

Em greve desde o dia 7 de agosto, a categoria negocia com o governo federal o reconhecimento legal das atribuições dos escrivães, papiloscopistas e agentes. Eles reivindicam ainda a reestruturação da carreira de nível superior e a inclusão dessas mudanças no organograma da instituição.

Segundo o presidente do Sindicato dos Servidores da Polícia Federal no Rio de Janeiro, Telmo Correa, as três categorias exigem nível superior e todos atuam em atividades complexas dentro da Polícia Federal. "Mas suas atribuições não possuem qualquer tipo de reconhecimento legal", disse.

Há pouco mais de 15 dias, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) reconheceu a legitimidade da greve dos policiais federais, mas fixou a necessidade de manutenção de cotas mínimas de servidores em algumas áreas de trabalho. O tribunal determinou ainda que, nas eleições, - assim como em portos e aeroportos - fosse empregado 100% do efetivo.

Já a Polícia Rodoviária Federal (PRF) intensifica, a partir de hoje (6), a fiscalização em todas as rodovias federais de acesso ao Rio, em virtude das eleições de amanhã (7). O objetivo dos patrulheiros é facilitar o deslocamento dos eleitores e garantir a segurança dos usuários, devido ao grande movimento, principalmente, na Via Dutra, Rio-Petrópolis e Rio-Teresópolis.  

Os crimes eleitorais também serão fiscalizados. Situações como propaganda irregular e transporte de eleitores sem a devida autorização serão coibidas pelas equipes. Nos casos em que haja detenção de cabos eleitorais de candidatos às prefeituras e câmaras municipais, os envolvidos serão encaminhados aos juízes eleitorais.

 

Edição: Lílian Beraldo