Presidenta do TSE descarta pressão da Justiça Eleitoral fluminense por reforço de segurança no RJ

28/09/2012 - 21h11


Débora Zampier
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A presidenta do Tribunal Superior Eleitoral  (TSE), Cármen Lúcia,  descartou hoje (29) possível retaliação do presidente da Justiça Eleitoral do Rio de Janeiro, Luiz Zveiter, contra decisão que atendeu a apenas em parte pedido de reforço na segurança fluminense para as eleições municipais.

Ontem, o TSE decidiu, por maioria, que vai mandar reforço antecipado apenas na zona oeste da capital fluminense e no Complexo da Maré — e não nos municípios do interior, onde a segurança só vai aumentar no dia da eleição, em horário limitado das 8h às 18h. Insatisfeito com a decisão, Zveiter ameaçou rejeitar todo o apoio da Força Nacional oferecido pelo TSE. 

Perguntada se a medida era uma forma de pressão, Cármen Lúcia disse que Zveiter é um “ótimo parceiro” e que a reconsideração é natural. “Ontem o TSE concluiu exatamente naquele sentido por maioria, se as condições mudarem - todos os TREs [tribunais regionais eleitorais] têm um ótimo contato - não tem problema nenhum”, disse, lembrando que o Rio Grande do Norte também estuda dispensar reforço na segurança em algumas cidades. 

A ministra falou com jornalistas nesta sexta-feira durante cerimônia pública de lacração do sistema usado nas urnas eletrônicas. A ministra garantiu que os sistemas estão funcionando e que os únicos problemas registrados até agora são falhas normais de rede. “Esse é um sistema que tem a garantia de tudo o que foi decidido para garantir a incolumidade (segurança) das urnas”, disse a ministra, destacando que a inviolabilidade é o sucesso do modelo brasileiro.

A presidenta do TSE preferiu não dar prazo para a conclusão das apurações no dia 7 de outubro. “Vamos trabalhar para ser o mais depressa possível, mas não quero fazer previsões”.

Edição: Fábio Massalli