Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – Mais de 15 milhões de eleitores vão votar nas eleições deste ano em Minas Gerais. Eles vão eleger, no próximo dia 7 de outubro, 853 prefeitos e vice-prefeitos e 8.440 vereadores. De acordo com números do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG), o número de vagas para as câmaras municipais mineiras subiu 7,2% em relação à última eleição, ocorrida em 2008, o que corresponde a 569 novas vagas. Naquele ano, o número total de cadeiras para vereadores em Minas alcançava 7.871.
Até o dia 3 de agosto, o TRE contabilizou 2.277 pedidos de registro de candidatura para prefeito e 2.293 para vice-prefeito, além de 69.134 pedidos de registro de candidatos a vereadores.
As mulheres são maioria entre os 15.019.136 eleitores mineiros. Elas representam 51,39% do total, o que equivale a 7.718.443 eleitoras, enquanto os homens somam 7.284.971, ou 48,5% do total. Em 2008, o número de eleitores em Minas Gerais atingia 14.072.285, também com liderança feminina, que chegava a 51,17% do total (7.200.902). Os homens mantiveram em 2012 a mesma participação de 2008 (48,52%), embora na última eleição fossem menor quantidade (6.828.274 eleitores).
Os eleitores maiores de 70 anos, na eleição deste ano (1.194.569 pessoas), equivalem a 7,95% do total, os da faixa entre 18 a 20 anos representam 6,03% (906.070).
Os que iniciam a participação na votação, na faixa de 16 a 17 anos, correspondem a 1,91% do total de eleitores, englobando 287.893 pessoas. Para os jovens nessa faixa etária, o voto é facultativo. Segundo o TER-MG, o número de eleitores jovens mostra uma retomada da participação desse segmento da população no processo eleitoral. A maior participação de jovens foi registrada em 1989 (420.060 jovens, ou 4,45% do total de eleitores mineiros). Na última eleição municipal, em 2008, os eles somaram 316.880 eleitores, com participação de 2,25% do total. Esse número caiu em 2010 para 247.339, representando 1,70% do eleitorado total, mas agora voltou a subir.
De acordo com o TSE, o maior gasto na campanha eleitoral para a prefeitura de Belo Horizonte, da ordem de 35 milhões, foi apresentado pela coligação BH Segue em Frente, cujos candidatos a prefeito e vice-prefeito são, respectivamente, Marcio Lacerda (PSB) e Délio Malheiros (PV). Segue-se em termos de gastos com a campanha a coligação Frente BH Popular, com R$ 20 milhões, cujos candidatos são Patrus Ananias (PT), para prefeito, e Aloísio Vasconcelos (PMDB), para vice.
Os menores gastos, em contrapartida, da ordem de R$ 50 mil, foram apresentados pelas candidatas Vanessa Portugal (prefeita ) e Lílian Furtado (vice-prefeito), do PSTU; e pela coligação “Frente de Esquerda BH Socialista, Por Uma BH Além do Possível”, que apoia os candidatos Maria da Consolação Rocha (PSOL), para prefeito, e Antonio de Almeida Lima (PCB), para vice.
Por outro lado, a previsão de gastos máximos dos partidos ou coligações para os candidatos a vereadores na capital mineira é encabeçada pelo PCdoB e pelo PDT, com R$ 1,5 milhão cada, vindo em seguida o PMN e o PSDC, com R$ 1 milhão. Os menores gastos são apresentados pelo PCO e PSTU, no valor de R$ 50 mil cada.
A votação será realizada no período das 8 horas às 17 horas. O eleitor deve comparecer à seção eleitoral portando título de eleitor ou outro documento com foto. Os eleitores que estiverem fora de suas cidades, poderão fazer a justificativa em qualquer seção eleitoral, onde apresentarão o formulário preenchido, além do título de eleitor e um documento de identidade. O TRE-MG lembra que não existe mais justificativa pelos Correios.
O eleitor tem ainda, após a eleição, prazo até 60 dias para justificar sua ausência no dia da eleição. Para isso, deverá comparecer ao cartório eleitoral onde está inscrito e solicitar sua regularização. Esse procedimento não o isenta, entretanto do pagamento de multa, que será arbitrada pelo juiz eleitoral para cada eleição em que o eleitor deixou de votar.
Edição: Aécio Amado