Daniella Jinkings
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A tecnologia social deve ajudar a população do Nordeste a passar pelos momentos de estiagem, segundo a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello. Na próxima terça-feira (4), o governo federal vai fazer a entrega simbólica, no Ceará, de 500 mil cisternas construídas na região semiárida do Nordeste brasileiro, do norte de Minas Gerais e do Espírito Santo.
Durante nove anos, além das cisternas para consumo, foram construídos também reservatórios para produção. De acordo com a ministra, a população da região, mesmo sofrendo com a seca prolongada, não quer deixar o campo. “A gente tem de criar condições para que a população viva bem no Semiárido e que reduza esse nível de carência e de sofrimento que é resultante da falta de água”.
A cisterna usa a tecnologia de captação da água da chuva. Segundo a ministra, durante os períodos de estiagem, a população conseguiu viver bem com as cisternas. “Mesmo com a falta de chuva no final do ano passado, estamos conseguindo encher as cisternas com os caminhões pipas. Quem não tem esse reservatório, não tem como acumular água”.
De acordo com Tereza Campello, todas as cisternas construídas na região do semiárido têm placa, foto, número e são monitoradas por georreferenciamento. A tecnologia social possibilita ainda a formação de profissionais. Foram treinados mais 15 mil pedreiros para a construção de cisternas. “São trabalhadores da região, que não só estão aptos a fazer cisternas, como para construção civil”, disse a ministra à Agência Brasil.
Durante a entrega das cisternas, que ocorrerá no município de Madalena, no Ceará, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) vai firmar uma parceria com o Banco do Nordeste. Serão investidos cerca de R$ 82 milhões para a construção de cerca de 30 mil cisternas no Semiárido nordestino.
O MDS também vai fazer uma parceria com o Ministério das Cidades para a construção de casas e cisternas, pelo Plano Nacional de Habitação Rural. “O Ministério das Cidades faz a casa e a cisterna. O dinheiro da cisterna, somos nós que damos. São do mesmo desenho das outras cisternas, ou seja, de placa. Acho que vamos entregar até 2014.”
Edição: Fernando Fraga