Daniel Mello
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – Com 85 obras emblemáticas de pintores consagrados do movimento impressionista, a exposição Paris e a Modernidade: Obras-Primas do Acervo do Museu d’Orsay foi aberta hoje (4) na capital paulista, com a expectativa de atrair até 800 mil visitantes. Pinturas de Claude Monet, Pierre-Auguste Renoir, Edouard Manet, Camille Pissaro, Edgar Degas e Vincent Van Gogh poderão ser vistas no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) até o dia 7 de outubro.
Reunindo 154 mil peças da produção artística ocidental de 1848 a 1914, o Museu d’Orsay “é seguramente um dos mais visitados e mais importantes do mundo”, diz a diretora da Expomus, empresa que organiza a mostra em São Paulo, Maria Ignez Mantovani. “É um museu nacional da França que guarda uma das mais completas coleções francesas.”
As obras trazidas ao Brasil, que ainda serão expostas no CCBB do Rio de Janeiro, são alguns dos destaques do museu parisiense. “São obras que estão efetivamente nas paredes do museu e que vão fazer muita falta lá”, enfatiza Maria Ignez. “Nós temos o Tocador de Pífaro, que é uma obra do Manet importantíssima, que, em uma primeira listagem, nem viria”, ressalta a diretora da Expomus, ao falar das negociações para trazer as peças ao Brasil.
Além de representativas da melhor produção impressionista europeia, as obras contam um pouco do momento histórico na França na segunda metade do século 19. “[O acervo] mostra essa Paris em transformação. E a relação com os artistas, essa grande questão entre produzir e trabalhar na cidade, nos ateliês, nos retratos, na vida íntima. E, ao mesmo tempo, as tentativas de fuga para o campo, que é o caso do Monet, por exemplo, que muda vários aspectos do próprio trabalho pictórico”, explica Maria Ignez.
Com a previsão de longas filas e vários dias de lotação, a segurança e iluminação ao redor do centro cultural foram reforçadas. Também foi estabelecido um horário especial no primeiro dia de exposição, aberta ao meio-dia de hoje para fechar somente às 22h de amanhã (5). “Vai rodar a madrugada de sábado para domingo. Na medida que a gente sentir que o público está mesmo aderindo, vistando muito, nós podemos fazer outras viradas ao longo do período de exposição”, disse ela.
Edição: Nádia Franco