Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O emissário especial da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Liga Árabe à Síria, Kofi Annan, confirmou hoje (17) que o Conselho de Segurança da ONU deve elaborar uma resolução que pode levar à imposição de sanções ao país devido à onda de violência, que se prolonga na região, desde março de 2011. No entanto, ele defendeu a busca pelo diálogo com as autoridades sírias.
O Conselho de Segurança da ONU analisa duas alternativas. A proposta russa que define o prolongamento da missão de observadores das Nações Unidas por mais três meses, mas não contém sanções. Já a proposta da Grã-Bretanha, apoiada pela França e pelos Estados Unidos, fixa sanções. A aprovação de quaisquer propostas deve ser unânime pelos cinco membros titulares do conselho.
O Conselho de Segurança é formado por cinco titulares – Estados Unidos, China, Rússia, Grã-Bretanha e França – e mais dez rotativos. Annan passou os últimos dois dias na Rússia. Ele foi ao país para pedir apoio do governo do presidente Vladimir Putin nas tentativas de cessar fogo na Síria. Segundo ele, as conversas em Moscou foram positivas.
"Conversamos sobre a necessidade de pôr fim à violência e passar para o processo de paz. Também abordamos as discussões que estão sendo conduzidas no Conselho de Segurança da ONU sobre a resolução", disse Annan. A Rússia é um dos aliados fiéis da Síria e resiste a aceitar intervenções externas, assim como sanções ao país.
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Serguei Lavrov, disse que é possível obter um acordo, sem a imposição de sanções, no Conselho de Segurança da ONU. “O documento [sobre as sanções] de Genebra é consensual e não vejo razões para que não possamos chegar a um acordo também no Conselho de Segurança. Nós estamos prontos para isso", disse.
*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa // Edição: Lílian Beraldo