Da Agência Brasil
Brasília – Os servidores federais em greve deliberaram pela ampliação da greve, depois de um comunicado do Ministério do Planejamento que anunciou o corte do ponto de todos os funcionários desde o dia 18 de junho, quando começou a paralisação. A decisão foi tomada hoje em assembleia com a presença de representantes de 12 órgãos federais na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. A reunião foi organizada pelo Sindicato dos Servidores Públicos Federais no Distrito Federal (Sindsep-DF).
"O servidor não pode ser intimidado e prejudicado por exercer um direito como o da greve. Vamos manter a paralisação", disse o coordenador-geral do Sindsep-DF, Oton Pereira Neves.
De acordo com Carlos Henrique Bessa Ferreira, diretor do Sindsep e da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsep), os servidores do Executivo que estão em greve são: Fundação Nacional de Saúde (Funasa), Ministério da Saúde , Ministério do Planejamento, Ministério do Trabalho e Emprego, Ministério da Integração Nacional, Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Ministério do Desenvolvimento Agrário, Ministério da Justiça, Fundação Nacional do Índio (Funai), Ministério da Agricultura, Arquivo Nacional, Instituto Nacional de Propriedade Industrial e Hospital das Forças Armada.
O servidor do Ministério da Saúde, Carlos Eduardo Corte, reclamou da postura do governo. “Estamos firmes. Os servidores do executivo estão desvalorizados. Estamos cansados da enrolação do governo, isso é desrespeito com o servidor e, principalmente, com a população, que é que está sendo afetada com a suspensão dos serviços por causa da greve".
Os servidores reivindicam e equiparação de salário e benefícios com os servidores do Legislativo e Judiciário. Os grevistas também querem concursos públicos, contratação de servidores, a criação de plano de carreira, data-base no dia 1º de maio, e melhores condições de trabalho.
Edição: Rivadavia Severo