Isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – Uma manifestação com centenas de pessoas saiu do Museu de Arte Moderna no Rio de Janeiro (MAM), na Cúpula dos Povos, em direção ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no centro do Rio, para protestar contra os retrocessos na política ambiental do governo.
Chamada de Marcha a Ré, a manifestação toma a Avenida Chile, onde fica a sede do BNDES, com caixões, máscaras de políticos identificados como ruralistas, apitos e uma faixa de cerca de 3 metros com os dizeres “Rio+20 Dilma, com que cara você chega?”, referindo-se à Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, Rio+20, que reunirá 115 chefes de Estado e de Governo a partir da próxima quarta-feira (20).
No slogan da manifestação, também está uma imagem da presidenta com uma motosserra e o brasão da República. “Queremos simbolizar os retrocessos da agenda socioambiental brasileira”, disse um dos organizadores, André Takahashi. “Os principais [retrocessos] são a destruição do Código Florestal, que a presidenta poderia ter vetado por inteiro, a redução de unidades de conservação por medida provisória, o enfraquecimento de órgãos ambientais e a violência no campo”, citou.
Índios de várias etnias também participam do protesto. Eles foram recebidos pelo vice-presidente do órgão, João Carlos Ferraz, com quem tiveram uma reunião de cerca de uma hora mais cedo. Eles trataram do financiamento concedido para a instalação de hidrelétricas na Amazônia De acordo com o BNDES, não houve violência ou quebra-quebra na manifestação.
Acompanhe a cobertura multimídia da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) na Rio+20.
Edição: Lana Cristina