Luciana Lima
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Em contraponto às atividades oficiais da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, que ocorrerá no Rio de Janeiro entre os dias 13 e 22 deste mês, organizações não governamentais (ONGs) estão planejando passeios pelo que chamam de Rio+Tóxico. São roteiros classificados por essas ONGs como “empreendimentos tóxicos”.
Entre as visitas planejadas estão as áreas afetadas pela ThyssenKrupp Companhia Siderúrgica do Atlântico (TKCSA) e pela refinaria de Duque de Caxias (Reduc), da Petrobras.
O objetivo, de acordo com advogada Andressa Caldas, da ONG Justiça Global, é mostrar que, na mesma cidade que promete redefinir os marcos ambientais do planeta, está sendo erguida ou tocada uma série de megaprojetos na contramão do discurso oficial.
Os passeios ocorrerão de 15 a 17 de junho e os ônibus partem da sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no centro da cidade. A jornada passará por Santa Cruz, Duque de Caxias e Magé, áreas afetadas pelos empreendimentos.
Outros destinos previstos são a Área de Proteção Ambiental de São Bento e o Aterro Metropolitano de Jardim Gramacho, o maior da América Latina, oficialmente fechado na semana passada.
As entidades que planejaram o Rio+Tóxico são a Justiça Global, a Fase Nacional e o Instituto Políticas Alternativas para o Cone Sul. Essas ONGs fazem parte do Comitê Facilitador da Sociedade Civil Brasileira para a Rio+20. A tarefa do comitê é facilitar a participação de entidades na Cúpula dos Povos por Justiça Social e Ambiental, que ocorrerá entre os dias 15 e 23 de junho no Aterro do Flamengo, paralelamente à Rio+20.
Edição: Graça Adjuto