Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, coordena a Cúpula do G8 (Estados Unidos, Canadá, Inglaterra, Alemanha, França, Itália, Japão e Rússia), em Camps David (residência oficial do presidente norte-americano), a cerca de 100 quilômetros de Washington, capital norte-americana. Em pauta, os impactos da crise econômica internacional, o agravamento da situação na Grécia e os conflitos na Síria.
Os líderes se reunirão hoje (18) e amanhã para buscar um consenso sobre os esforços na tentativa de superar as dificuldades que a economia global enfrenta, principalmente por conta dos problemas na zona do euro.
Em videoconferência, ontem (17), a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, o novo presidente da França, François Hollande, o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, e o primeiro da Itália, Mario Monti, além do presidente da União Europeia, Herman Van Rompuy, e do presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, concentraram-se na discussão sobre a crise econômica.
De acordo com a assessoria de Merkel, todos defenderam o equilíbrio das finanças da União Europeia na tentativa de obter o crescimento econômico na região. O crescimento europeu faz parte das promessas de Hollande, enquanto Merkel defende as medidas de rigor para reduzir o déficit público no bloco.
Para Justin Vaisse, diretor do Centro de Estudos para Europa e Estados Unidos do Instituto Brookings, de Washington, "o grande desafio [da reunião do G8] não é se vai haver consenso ou não entre Hollande e Merkel".
"De certa forma, os líderes têm de concordar e ninguém pode se dar ao luxo de ficar isolado. A questão é se haverá medidas suficientes para incentivar o crescimento na Europa e acalmar o descontentamento da opinião pública", disse ele.
Porém, as discussões mais detalhadas sobre medidas econômicas e regulamentações financeiras devem ocorrer no encontro do G20 (que reúne as maiores economias do mundo), no próximo mês, no México. Para o diretor do centro de Cooperação Internacional da New York University, Bruce Jones, a crise é um dos fatores que tem "fortalecido o G8" nos últimos anos.
*Com informações da BBC Brasil e da emissora pública da rádio da França, RFI // Edição: Lílian Beraldo