Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Depois de atingir cotação de R$ 2,00 em meio ao pregão de ontem (14) e recuar ligeiramente no fechamento, o dólar se valorizou mais 0,5% no pregão desta terça-feira e terminou o dia cotado a R$ 1,998 para compra e a R$ 2,00 para venda. Patamar mais alto desde os R$ 2,002 registrados em 10 de julho de 2009.
Com o desempenho de hoje a moeda norte-americana acumula ganhos de 4,95% nos dez dais úteis de maio e a valorização no ano sobe para 7,1%.
Em contrapartida, a indefinição política e econômica na Grécia manteve o mesmo clima de incertezas da véspera, quando a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) caiu 3,21%, e a aversão ao risco predominou, fazendo com que o Ibovespa (principal índice da Bovespa) despencasse mais 2,25%, aos 56.237 pontos, no nível mais baixo do ano. As perdas no mês somam 9%, e revertem os ganhos registrados até ontem para prejuízo de 0,91% no ano.
O mercado de ações ameaçou ligeira reação no início do pregão, apesar de as bolsas europeias operarem em baixa, mas o anúncio da necessidade de novas eleições na Grécia, no mês de junho, para definir o futuro econômico do país, aumentou os níveis de prejuízos nas principais bolsas da Europa e determinou a sexta queda seguida da Bovespa.
Por temores, principalmente quanto aos papéis de instituições financeiras, o mercado de ações na Europa também está no patamar mais baixo do ano, e as principais praças do Velho Continente fecharam em queda: Londres (-0,51%), Paris (-0,61%), Frankfurt (-0,79%), Milão (-2,56%), Madri (-1,6%) e Lisboa (-1,86%). A Bolsa de Nova York também sentiu o impacto e caiu mais 0,5%.
As maiores perdas do dia, na Bovespa, ocorreram com ações das construtoras MRV (-15,32%) e PDG Realt (-9,83%), seguidas por B2W Varejo (-8,91%), Rossi Residencial (-7,88%) e OGX Petróleo (-7,82%). Poucas altas foram contabilizadas: Marfrig (5,25%), Santander (1,50%), MMX Mineração (1,05%), Dasa (0,94%) e a própria Bovespa (0,82%).
Edição: Rivadavia Severo