Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O comandante da Marinha de Guerra de Angola (África), almirante Augusto da Silva Cunha, negou que os países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) tenham decidido enviar efetivo de suas Forças Armadas para integrar uma possível força de paz para a Guiné-Bissau.
O país, que integra a CPLP, sofreu um golpe de estado há cerca de um mês quando, alegando insatisfação com a presença de militares angolanos em missão no país, um grupo de militares prendeu o presidente, Raimundo Pereira; o primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior e o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, António Indjai.
“Até este momento não há qualquer decisão da CPLP de haver uma força para a Guiné-Bissau. O que está decidido é que haja uma força da Cedeao (Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental)”, afirmou o Almirante Cunha, que participou hoje (8), no Rio de Janeiro, da abertura de um simpósio para discutir a cooperação das marinhas dos países-membros da CPLP.
Essa força de manutenção da paz, sinalizada pela organização regional africana, terá a função de garantir a segurança da retirada da missão militar angolana, conhecida como Missang, além de assegurar o processo de transição e apoiar a reforma de defesa e segurança no país.
“A posição da CPLP é a posição da União Africana e das Nações Unidas para que seja feita a normalidade democrática”, disse.
A Missang foi instalada em março de 2011 com o objetivo de apoiar a reforma do setor militar guineense.
Edição: Fábio Massalli
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