Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) prepara para hoje (20) declaração em que condena o golpe de Estado na Guiné-Bissau (África). O golpe ocorreu há oito dias e o clima de tensão e apreensão persiste. Paralelamente, a comunidade internacional ameaça adotar restrições ao país, como o congelamento de ativos, a proibição de viagens e a responsabilização criminal.
O Brasil e as demais nações que integram a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) defendem que seja cobrado dos militares golpistas o restabelecimento da democracia. Eles são contrários, no entanto, ao envio de uma missão de imposição de paz à Guiné-Bissau.
Na tentativa de colaborar com a paz está em análise a possibilidade de a comunidade internacional criar um fundo, no valor de US$ 45 milhões, para pagar pensões aos militares que concordarem em se desmobilizar.
No dia 12, um grupo de militares prendeu o presidente da Guiné-Bissau, Raimundo Pereira, o primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, e o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, António Indjai. O comando do grupo anunciou que as ações foram motivadas pela insatisfação com a presença de militares angolanos, que estavam em missão no país ajudando na reforma da área de defesa.
No dia 14, em resolução divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil, a CPLP defendeu “a necessidade imperiosa de concretizar a reforma do setor de defesa e segurança da Guiné-Bissau, como condição para o estabelecimento da paz e estabilidade duradoura no país”.
*Com informações da BBC Brasil//Edição: Graça Adjuto