Da BBC Brasil
Brasília – As forças de segurança da Guiné-Bissau dispersaram uma manifestação que pedia a libertação do primeiro-ministro do país, Carlos Gomes Júnior, que foi detido durante um golpe de Estado na última quinta-feira (12). Vários manifestantes ficaram feridos.
O primeiro-ministro era o principal candidato nas eleições presidenciais que deveriam ser realizadas ainda neste mês. Acredita-se que ele tenha sido levado para um quartel militar guineense, juntamente com o presidente interino, Raimundo Pereira.
Ontem (14), em encontro com partidos políticos locais, os militares que deram o golpe de Estado disseram ter planos de restituir o poder civil.
Também ontem, a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), da qual o Brasil faz parte, aprovou resolução pedindo um “plano de ação imediata” para reagir ao golpe militar na Guiné-Bissau. O plano inclui, entre outras coisas, a constituição de uma força, mandato definido pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, para garantir a manutenção da paz e da segurança, a proteção de autoridades civis e da população, a conclusão do processo eleitoral, previsto para o próximo dia 29, e uma reforma nos setor es de defesa e segurança no país.