Daniel Mello
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Apesar de considerar “positivo” o novo corte na taxa básica de juros (Selic), a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf) acredita que há espaço para novas reduções. “O Brasil continua com uma das maiores taxas de juros do mundo. Em 2011, o Tesouro desembolsou R$ 236,6 bilhões para pagar os juros da dívida pública, o que é o maior programa de transferência de renda do governo, beneficiando os mais ricos", destacou o presidente da confederação, Carlos Cordeiro.
A redução de 0,75 ponto percentual anunciada hoje (19) pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) deixou a Selic em 9% ao ano.
Cordeiro defendeu ainda que os bancos sigam o movimento da Selic e diminuam as taxas cobradas pelos empréstimos. “Continuamos com um spread [diferença entre o juro que o banco paga para fazer o empréstimo e cobra do cliente] muito acima da média internacional. A queda nos juros não pode ser apenas perfumaria, é preciso que os bancos reduzam de fato o spread e os juros”.
Edição: Rivadavia Severo