Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) se reunirá nos próximos dias 17 e 18 (terça-feira e quarta-feira) para avaliar a conjuntura econômica interna e externa, com foco especial na existência, ou não, de pressões que possam comprometer os preços de mercado e ameaçar o controle da inflação.
A partir da análise, o colegiado de diretores do BC definirá os rumos da taxa básica de juros (Selic), que está em 9,75% ao ano e deve encerrar 2012 em torno de 9%, de acordo com expectativas da maioria dos analistas financeiros ouvidos por pesquisa do BC, divulgada no boletim Focus da última segunda-feira (5).
Há dúvidas se a redução será feita de uma vez, ou se virá em doses menores e gradativas. Mas os analistas apostam que a Selic vai ficar mais baixa, em razão da “inusitada transparência” da última ata do Copom, que sinalizou a disposição de levar a taxa para patamares “ligeiramente acima dos mínimos históricos”.
Como a mínima registrada foi de 8,75%, entre julho de 2009 e abril de 2010, a maioria dos analistas da iniciativa privada acredita, há quatro semanas, em uma Selic de 9%, com a possibilidade de redução de 0,75 ponto percentual já na quarta-feira, ressalta o presidente da Associação Nacional das Sociedades de Fomento Mercantil – Factoring (Anfac) e ex-diretor do BC, Luiz Lemos Leite.
Especialista em direito econômico e empresarial, Leite diz que a decisão do Copom de estabilizar a Selic em um patamar ao redor de 9% é uma clara sinalização da tentativa de suavizar os efeitos da crise financeira mundial e reativar a economia brasileira, depois do fraco desempenho do ano passado, quando o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) registrou crescimento de 2,7% do Produto Interno Bruto (PIB), soma das riquezas produzidas no país.
Edição: Andréa Quintiere