Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O ministro das Relações Exteriores do Irã, Ali Akbar Salehi, confirmou hoje (4) que na próxima semana estará no país o enviado especial da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Liga Árabe à Síria, Kofi Annan. Em pauta, o plano de paz apresentado por Kofi Annan ao governo sírio e o programa nuclear iraniano.
Salehi ressaltou que o presidente sírio, Bashar Al Assad, aceitou o plano de paz fixando o dia 10 como limite para a execução. Porém, o chanceler disse que é necessário manter a atenção para que “outras forças não substituam as forças do governo sírio”. Os governos do Irã, da China e da Rússia são contrários à pressão internacional para a imposição de restrições à Síria.
A violência na Síria ocorre há mais de um ano. Integrantes do governo e manifestantes se enfrentam nas principais cidades do país. Os manifestantes querem a renúncia de Assad e o fim das violações aos direitos humanos na região. A estimativa é que mais de 10 mil pessoas tenham morrido no período.
Ao mesmo tempo, preocupa a comunidade internacional o programa nuclear iraniano. As autoridades do Irã negam que o programa esconda a produção de armas nucleares e defendem que os projetos em desenvolvimento são pacíficos e com fins médicos.
No entanto, a Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea), ligada às Nações Unidas, tem dúvidas sobre os objetivos pacíficos do programa. No ano passado, peritos da agência elaboraram um relatório em que dizem haver fabricação de material suspeito nas usinas iranianas.
*Com informações da agência estatal de notícias de informações do Irã, Irna
Edição: Talita Cavalcante