Débora Zampier
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O Ministério Público Federal em Goiás (MPF-GO) denunciou hoje (19) 81 pessoas ligadas à exploração de máquinas caça-níqueis em Goiás, entre elas o empresário Carlinhos Cachoeira, considerado pelo MPF como líder do esquema. O documento foi encaminhado à Justiça Federal em Goiás.
De acordo com a denúncia, o grupo explorava jogos de azar ilegalmente em Goiânia e no entorno de Brasília há mais de dez anos. O MPF também afirma que o negócio se mantinha com apoio de policiais militares, civis e federais, que organizavam “pseudoatuações” para fingir que combatiam o crime ou para eliminar concorrentes.
A peça acusatória tem 205 páginas e, segundo o MPF, é apenas a primeira das denúncias que serão oferecidas contra o grupo, com foco nos crimes de formação de quadrilha armada, corrupção, peculato e violação de sigilo, perpetrados por servidores públicos federais, estaduais e municipais.
O MPF pede reparação dos gastos estatais para combater a quadrilha, que, segundo a denúncia, teve várias tentativas frustradas devido ao vazamento de informações.
Os procuradores da República também pedem autorização para compartilhar informações do processo com o Ministério Público estadual e outros órgãos de fiscalização interna e externa para neutralizar a atuação da quadrilha.
Cachoeira foi um das pessoas presas devido à Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, no dia 29 de fevereiro. Nesta tarde, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região começou a analisar o pedido de soltura do empresário, mas o julgamento foi suspenso por um pedido de vista.
Edição: Lana Cristina