Douglas Corrêa
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) criou um comitê formado por técnicos da companhia petrolífera Chevron, operadora do Campo de Frade, na Bacia de Campos, da Petrobras e da Frade Japão Petróleo, que detêm participação na concessão, para avaliar os novos pontos de vazamento de óleo no solo marinho, identificados na semana passada.
A ANP informou, em nota, que, desde o primeiro vazamento da Chevron, em novembro de 2011, vem acompanhando de perto os trabalhos da petrolífera. Técnicos da agência constaram na última quinta-feira (15), por meio de filmagens submarinas, cinco pontos de vazamento ao longo de uma fissura de 800 metros de extensão. Foi constatado o aparecimento de gotículas de óleo, em uma vazão reduzida.
No dia seguinte (16), o presidente da Chevron foi convocado para prestar esclarecimentos sobre os novos pontos de vazamento. Na mesma noite, a ANP permitiu que a empresa interrompesse totalmente a produção no Campo de Frade.
O Ministério de Minas e Energia atuará como observador do Comitê de Avaliação, que será coordenado pela ANP.
Até o momento, não há elementos que indiquem tendência de aumento do vazamento no Campo de Frade. A Marinha vem monitorando regularmente a área do campo. O grupo de acompanhamento formado pela ANP, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Marinha, criado para fiscalizar o cumprimento das medidas tomadas pela Chevron para conter o vazamento, garante que “manterá a sociedade informada acerca do curso dos eventos”.
Edição: Vinicius Doria