Luana Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O assessor especial para assuntos internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, disse hoje (2) que o subsecretário de Estado dos Estados Unidos, William Burns, considerou um “problema administrativo” o imbróglio que levou à suspensão da compra de 20 aviões Super Tucano da Embraer. Segundo Garcia, Burns assegurou que o problema “será resolvido”.
A negociação, que envolve US$ 355 milhões, foi suspensa na quarta-feira (29). A Força Aérea dos Estados Unidos suspendeu o contrato com a Embraer e a Sierra Nevada Corporation, parceira da empresa brasileira no negócio, que venceram a licitação, por problemas na documentação. Além disso, o contrato foi questionado na Justiça por uma empresa norte-americana derrotada na concorrência internacional.
“Ele [Burns] insistiu que foi um problema interno, administrativo, e que ele acredita que isso será resolvido. Não disse que a compra vai ocorrer porque o tema está sub judice, mas disse que a disposição do seu governo era aquela que inicialmente justificou a opção pelo Super Tucano;” narrou Marco Aurélio.
Ele negou que a suspensão da compra dos aviões brasileiros possa ser usada pelo governo como argumento para retaliar os Estados Unidos na escolha do fornecedor dos novos aviões de caça da Força Aérea Brasileira. “Não tem nenhuma vinculação entre um assunto e outro, são assuntos absolutamente separados”, ponderou.
Garcia e Burns também conversaram sobre a viagem da presidenta Dilma Rousseff aos Estados Unidos, em abril. Além de questões comerciais, Dilma e o presidente norte-americano, Barack Obama, deverão discutir a ampliação de parcerias entre universidades dos dois países, por meio do programa Ciência sem Fronteiras, e ações de cooperação energética e em outros setores. Dilma estará em Washington entre os dias 9 e 11 de abril.
Edição: Vinicius Doria
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