Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (de CICV) se prepara para entrar hoje (2) na cidade de Homs, na Síria, para ajudar as vítimas dos confrontos entre os agentes de segurança do governo e os críticos do presidente sírio, Bashar Al Assad. A cidade de Homs é considerada reduto dos rebeldes. Ontem, o governo Assad autorizou a ajuda humanitária, depois de a Organização das Nações Unidas (ONU) aprovar uma resolução recomendando a medida.
O porta-voz da Cruz Vermelha na região, Hicham Hassan, disse que as organizações humanitárias receberam indicações “positivas” das autoridades sírias sobre uma possível trégua humanitária. A trégua seria de duas horas por dia. A estimativa é que cerca de 4 mil civis estão apenas no bairro de Baba Amro, em Homs, que foi destruído pelos intensos bombardeios.
De acordo com relatos, a neve dificulta o avanço dos soldados de Assad, que lançaram uma ofensiva terrestre em Baba Amro. Nesse bairro, a situação é considerada grave, pois faltam eletricidade, água e comida. O Conselho Nacional Sírio, controlado pela oposição, disse que a retirada dos rebeldes da região foi estratégica.
Depois de tomar a cidade, os soldados de Assad revistaram as casas do bairro procurando por insurgentes. Segundo os opositores, os combates deixaram 17 mortos entre os rebeldes. A repressão do governo deixou cerca de 7.500 mortos, segundo as organizações internacionais.
*Com informações da emissora pública de rádio da França, RFI//Edição: Graça Adjuto