Vladimir Platonow
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – O último lugar entre as capitais brasileiras atingido pela cidade do Rio de Janeiro no Índice de Desempenho do Sistema Único de Saúde (Idsus), divulgado hoje (1º), deve-se ao fato de a pesquisa retratar o período de 2008 a 2010. Essa foi a justificativa dada pelo secretário municipal de Saúde do Rio, Hans Dohmann, para explicar o mau desempenho da cidade do Rio no ranking de qualidade do Sistema Único de Saúde (SUS).
O secretário garante que a atenção básica de saúde melhorou muito a partir do ano passado, com aumento expressivo de postos de atendimento e, principalmente, do número de equipes de saúde da família. “É importante ressaltar que o índice reflete os anos de 2008, 2009 e 2010. É uma fotografia do passado. E ela é absolutamente coerente com tudo o que já falamos do sistema de saúde do Rio de Janeiro. A maneira como foi gerido o sistema na cidade levou o Rio a ter o pior sistema de saúde do país”, disse o secretário.
Dohmann frisou que os grandes problemas são o acesso e a implementação dos programas de atenção básica de saúde, responsáveis por 70% da nota do Idsus. “Quando assumimos, em 2009, só 3,5% da população tinham acesso à atenção básica. Tínhamos cerca de 60 equipes de saúde da família. Se fossem computados os dados de 2011, em que estamos perto de 600 equipes de saúde da família, já estaríamos numa posição completamente diferente.”
No índice das capitais, em uma escala de 0 a 10, o Rio ficou na última posição, com 4,33 pontos. O primeiro lugar coube a Vitória, com 7,08, seguida pelas três capitais da Região Sul: Curitiba (6,96), Florianópolis (6,67) e Porto Alegre (6,51).
Edição: Vinicius Doria