Carolina Gonçalves
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Dois dias depois de policiais civis e militares e bombeiros decretarem greve no Rio de Janeiro, a normalidade predomina no estado, de acordo com o porta-voz da PM, capitão Ivan Blaz. “Ontem tivemos o bloco do Cordão do Bola Preta [bloco tradicional de carnaval de rua da capital fluminense] com tranquilidade. Hoje tem uma grande programação de blocos”, disse. “O carnaval está garantido e o campeonato carioca em curso está tranquilo”, ressaltou.
Algumas áreas atuaram com efetivo próprio, outras receberam apoio. “Estamos reforçando o patrulhamento na zona norte, no centro e na zona sul, com homens do Bope [Batalhão de Operações Especiais] e do Batalhão de Choque”, disse.
O capitão reafirmou que o movimento grevista teve reflexos maiores apenas no interior do estado, em cidades como Campos, Itaperuna e Volta Redonda. Policiais do Bope foram enviados, ontem (10), para reforçar a segurança. O porta-voz garante que a situação nesses municípios está normalizada.
“Itaperuna e Volta Redonda são os dois municípios onde tivemos pontos sensíveis da paralisação. Lá [os batalhões da PM] estão trabalhando com cerca de 60% dos efetivos das unidades. Se tivesse 90% de adesão, como alega o movimento grevista, não teria condições de trabalho e a gente acionaria as Forças Armadas”, garantiu o capitão.
Na capital fluminense, as delegacias continuam com efetivos reduzidos, prestando apenas serviços considerados de emergência, como autos de prisão em flagrante e remoção de cadáveres.
Na zona sul, moradores dizem não perceber o movimento de paralisação dos profissionais de segurança pública. “Eu vi policiais nas ruas normalmente. Pode ser que, como ontem tiveram prisões de alguns, hoje está normalizado. Mas a sensação não é de medo, é de vida normal”, disse Joana Andreiolo, administradora e moradora do Leblon, zona sul da capital.
Edição: Talita Cavalcante