Roberta Lopes *
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Estudantes promoveram hoje (11) manifestações e trabalhadores fizeram paralisações no Egito para marcar um ano da queda do regime do ex-presidente Hosni Mubarak e também pela saída dos militares que estão atualmente no poder.
As manifestações nas universidades e nos locais de trabalho ocorrem depois de outra série de protestos pressionando os militares para a transferência do poder aos civis, em vez de esperar pelas eleições presidenciais deste ano. Os estudantes das principais universidades começaram os protestos no início da manhã.
Na Universidade do Cairo, cerca de 100 estudantes gritavam, no salão principal, "abaixo o regime militar” e “os estudantes e trabalhadores contra a opressão e exploração”. Os ativistas planejam novas ações.
Os protestos e greves dividem as forças políticas do país, como a Irmandade Muçulmana – grande vencedora nas eleições parlamentares -, que é contra as manifestações.
Muitas pessoas temem que o país possa mergulhar no caos devido aos protestos. Os militares já vieram a público dizer que não vão ceder. Os jovens ativistas, que lideraram a revolta contra Mubarak, acreditam que os generais vão tentar exercer o poder por meio de um governo civil flexível, após as eleições presidenciais previstas para o fim de junho. Para eles, os militares deveriam entregar o poder ao Parlamento ou a um conselho civil antes das eleições.
* Com informações da Agência Pública de Notícias de Portugal - Lusa//Edição: Graça Adjuto