Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – O Tribunal de Justiça fluminense determinou que o estado e o município do Rio de Janeiro sejam responsáveis pela guarda e devolução de pertences encontrados nos escombros dos três prédios que desabaram na semana passada. A decisão de ontem (30) é da juíza Angélica dos Santos Costa, do Plantão Judicial.
A Justiça também determina que as autoridades estaduais e municipais guardem os corpos de vítimas do desabamento e os coloquem à disposição dos parentes, para que sejam identificados. Outra determinação é que as autoridades permitam que representantes dos interessados acompanhem o trabalho de triagem dos entulhos.
Segundo os bombeiros, alguns corpos podem ter sido levados, equivocadamente, junto com os destroços para o depósito da Companhia de Limpeza Urbana (Comlurb).
O pedido à Justiça foi feito por advogados do escritório Blatter e Galvão, que funcionava no 13° andar de um dos prédios que desabaram. Ana Betiza, advogada do escritório, disse que há um descaso das autoridades com relação à guarda dos pertences.
“Há um desencontro de informações e um descaso total das autoridades. Não só em relação aos pertences, como também a alguns corpos, que estavam sumidos. A verdade é essa”, disse.
Advogados do escritório decidiram criar a Associação de Vítimas da 13 de Maio (nome da rua onde ficavam os prédios que desabaram), que deve acompanhar os trabalhos de triagem dos entulhos.
Edição: Juliana Andrade
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