Da BBC Brasil
Brasília - A cúpula da União Europeia não chegou a um consenso sobre o tratado fiscal que deverá regular as contas públicas dos países da zona do euro. O pacto teve apoio de 25 dos 27 membros do bloco, com exceção do Reino Unido e da República Tcheca.
Durante o encontro, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, disse que seu governo irá agir se o tratado ameaçar os interesses do país. Ele declarou ter dúvidas jurídicas sobre o uso de instituições europeias na aplicação do tratado.
Já os tchecos mencionaram “razões constitucionais” para não assinar o tratado. Analistas já esperam que o presidente tcheco, Vaclav Klaus, resista a assinar o tratado, devido à sua conhecida postura eurocética.
A piora na situação da Grécia e a alta nos juros dos títulos da dívida pública portuguesa – que atingiram 16%, distante dos 7% considerados saudáveis – voltaram a assombrar os participantes do encontro.
Os líderes europeus já trabalham com a perspectiva de que Portugal, a exemplo da Grécia, precise de um segundo resgate.