Douglas Corrêa
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – O secretário estadual de Defesa Civil, coronel Sérgio Simões, não acredita que objetos das vítimas do desabamento de três prédios no centro do Rio de Janeiro estão sendo furtados de um terreno da prefeitura na zona portuária.
Mesmo assim, o militar não descarta a possibilidade de que isso possa estar ocorrendo, segundo denúncia publicada hoje pelo jornal Folha de S.Paulo. “Eu acho que, se realmente aconteceu, e eu tenho dúvidas quanto a isso, me dá uma tristeza muito grande porque cada um de nós está envolvido com esse cenário de intenso sofrimento. Cada corpo que é retirado, a simples visão do corpo, já é, por si só, uma agressão para todos nós. Quando você tem contato com os familiares que estão lá, aguardando a nossa resposta, é uma das cenas mais tristes que se pode vivenciar. Nesse cenário, se alguém está pegando isso ou aquilo, é realmente para se lamentar, mas eu não creio que isso seja fato”, disse ele.
Todo o material retirado dos escombros dos prédios que desabaram na Avenida 13 de Maio está sendo levado pelos caminhões da Companhia de Limpeza Urbana para o Porto do Rio, em uma área próxima à Praça Mauá (centro da cidade).
Nesse terreno, a reportagem da Folha de S.Paulo flagrou homens usando uniformes da Secretaria Estadual de Obras e de empreiteiras que trabalham na região do porto revirando objetos, como bolsas, álbuns de fotos, peças de metal e cabos elétricos e telefônicos.
De lá, o entulho segue em caçambas maiores para um terreno da prefeitura no início da Rodovia Rio-Petrópolis, onde fica à disposição da polícia técnica para perícia, que pode ajudar na identificação das causas do desabamento dos três prédios na Cinelândia.
Edição: Vinicius Doria