Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Depois de 36 horas dos desabamentos dos três edifícios no centro do Rio, parentes e amigos de pessoas desaparecidas ainda mantêm hoje (27) as esperanças de encontrá-las com vida. As famílias e os amigos das vítimas acompanham de perto as operações de socorro. A maioria está abrigada na Câmara de Vereadores, cujo prédio é próximo ao local onde ocorreu o acidente.
Por enquanto, de acordo com os números oficiais, a tragédia provocada pelos desmoronamentos dos prédios na Avenida 13 de Maio provocaram sete mortes e deixaram pelo menos 20 pessoas desaparecidas.
“Está todo mundo preocupado e nervoso. Mas esperanças a gente sempre tem. A gente teve informações de que acharam mais bolsões [áreas sob os escombros nas quais pode haver sobreviventes]. É bem provável que as pessoas estejam por lá”, disse César Vasconcelos, de 41 anos.
Ele é irmão de Luiz Vasconcelos, de 40 anos, um dos desaparecidos. César trabalha no centro de informática, no 4º andar do prédio de 20 andares que desabou. Segundo ele, a expecativa de encontrar o irmão com vida é porque um desses “bolsões” fica perto da escada de incêndio.
“Se houve algum sinal ou estrondo, pode ser que tenha dado tempo de o pessoal correr para a escada de incêndio e que ainda esteja por lá esperando”, acrescentou César.
Para preservar os parentes e amigos das vítimas, a prefeitura do Rio está mantendo todos em uma área reservada na Câmara de Vereadores. Quando há informações sobre a localização de uma vítima, eles são chamados.
No caso de um corpo localizado, as pessoas são levadas, no carro da Secretaria Municipal de Assistência Social, a um local específico do Instituto Médico-Legal (IML) para identificá-lo. Para dar suporte psicológico aos parentes e amigos das vítimas, um profissional é colocado à disposição deles.
Edição: Graça Adjuto