Da Agência Brasil
Porto Alegre – O educador Sérgio Haddad, integrante do grupo de Reflexão e Apoio do Processo do Fórum Social Temático 2012 (FST), sugeriu hoje (24) a criação de um grupo de trabalho para refletir sobre o papel dos educadores frente à crise econômica internacional. A proposta foi apresentada como desafio aos participantes do Fórum Mundial de Educação, que ocorre paralelamente ao FST. A abertura do fórum educacional ocorreu nesta terça-feira, no prédio da reitoria da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, e contou com 600 participantes.
Para Haddad, os educadores precisam fazer uma reflexão sobre os limites ao modelo de desenvolvimento de países ricos e emergentes, “ao modelo de desenvolvimento que nós estamos estimulando cada vez mais e que tem se mostrado cada vez mais insuficiente para resolver os problemas de natureza social e ambiental”. Haddad lembrou o momento pelo qual passam os países do Hemisfério Norte, principalmente os da Europa, que somam dívidas públicas e ritmo de crescimento em declínio.
“Aumenta o número de pobres e cresce o número de milionários do mundo. O processo de concentração de renda é latente e está levando a um limite civilizatório. Todo modelo de desenvolvimento é baseado no consumo, no aumento da produção e ampliação do consumo. As pessoas vivem para o consumo”, observou o educador, para quem essa percepção deve ser levada às escolas.
Com o tema crise capitalista e justiça social e ambiental, o Fórum Mundial da Educação inaugurou os debates do Fórum Social Temático, que começou oficialmente com uma marcha de abertura marcada por protestos contra a crise econômica mundial, o novo Código Florestal em tramitação no Congresso Nacional e a preparação para a Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20.
Acompanhe a cobertura completa do FST 2012 no site multimídia da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
*Colaboraram: Lívia Carla e Luciano Cherubini, repórteres da EBC
Edição: Lana Cristina