Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – A Secretaria de Defesa Civil do Estado do Rio de Janeiro vai capacitar agentes multiplicadores para atuar em situações de emergência, nos 31 municípios fluminenses da Baixada Fluminense, da encosta da Serra do Mar, na região do Médio Paraíba e da costa verde do estado. Esses municípios tiveram mapeadas áreas em situação de risco iminente.
A medida integra o plano de prevenção a acidentes decorrentes das chuvas para as prefeituras, anunciado hoje (28) pelo vice-governador e coordenador de Infraestrutura, Luiz Fernando Pezão. Cada agente receberá um kit com capa de chuva, lanterna e um apito. O secretário da Defesa Civil, coronel Sergio Simões, reconheceu que não houve tempo hábil para implantar outro sistema de alarme.
Serão capacitados até cinco agentes multiplicadores nos municípios com até 200 casas em áreas de risco e dez agentes nas cidades com um número variando entre 200 a 680 casas ameaçadas. Em primeiro lugar, os agentes vão trabalhar para identificar as casas ameaçadas nas comunidades, bem como as rotas de fuga para que as pessoas possam chegar aos pontos de apoio, dentro ou fora das próprias comunidades, de modo que fiquem em segurança em situações de enchentes ou deslizamentos.
A Defesa Civil vai intensificar também uma campanha de esclarecimento à população com orientações básicas. Outra atividade será a realização de exercícios simulados. “Isso tem que ser massificado. A proposta é que, daqui para frente, a gente faça todo mês um treinamento de desocupação das comunidades em áreas de risco”, disse.
Na segunda semana de janeiro, também serão capacitados líderes comunitários para mobilização das populações que residem em áreas de risco.
O presidente do Serviço Geológico do Estado (DRM), Flavio Erthal, revelou que, nos 31 municípios, foram mapeados 1.673 setores de risco, totalizando 7.683 casas ameaçadas e 32.079 pessoas expostas. “Com a entrega dos mapas às prefeituras, o DRM pretende contribuir para a redução do risco iminente e a diminuição das ameaças às populações”, disse. Ele destacou que, no entanto, a ação por si só não “resolve o problema. É preciso a adoção de sistemas de alerta e uma intervenção estrutural e não estrutural nessas áreas”. Segundo ele, a probabilidade de ocorrer deslizamentos nas 31 cidades ainda é grande.
Edição: Lana Cristina