Cristiane Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – Terminou sem acordo a reunião de negociação entre os sindicatos dos Aeronautas e Aeroviários e o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea) ocorrida hoje (16), no Rio de Janeiro. Na próxima segunda-feira (19), patrões e empregados voltam a conversar, desta vez em Brasília, tendo como mediador o Ministério Público do Trabalho.
Em campanha salarial desde outubro, os aeroviários (trabalhadores em terra) e os aeronautas (pilotos e comissários) já aprovaram o indicativo de greve de 24 horas para o dia 22 de dezembro, caso não cheguem a um acordo. Os trabalhadores reivindicam reajuste salarial de 13%, mas as empresas aéreas oferecem 3%, percentual abaixo da inflação medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), de 6,18% projetada para este ano.
“Eles estão intransigentes, oferecendo 3%. Nós começamos com 13% e baixamos para 9%. Então temos demonstrado que estamos a fim de resolver o problema sem chegar à greve. Não é nosso interesse ter greve, porque é fácil entrar. Difícil é sair com ganho”, disse Rui Pessoa, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Transporte Aéreo do Rio de Janeiro.
Pessoa declarou que os representantes das empresas aéreas alegaram na reunião de hoje que as companhias tiveram prejuízos ao longo do ano e que, por isso, não poderiam conceder o reajuste reivindicado. Ele adiantou, porém, que a categoria está esperançosa de chegar a um acordo com os patrões na próxima segunda-feira e evitar a greve.
“A expectativa é positiva. Acreditamos no mediador, até porque não interessa ao governo ter paralisação. Nós temos consciência de que a greve iria penalizar o passageiro e não queremos isso, somos responsáveis. Se depender de nós na mediação, vamos trabalhar para não ter greve, desde que as empresas mudem sua postura”, ressaltou Pessoa.
Por meio da assessoria de comunicação, o Snea informou apenas que representantes da Força Sindical pediram a intermediação do Ministério Público do Trabalho (MPT) para uma nova reunião, em Brasília.
Edição: Aécio Amado