Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Centrais sindicais da Itália convocaram para hoje (12) uma paralisação geral de três horas. A greve marca o começo de uma semana de protestos em todo país. Sem acordo entre sindicatos e governo, as centrais convocaram o protesto geral contra as medidas de austeridade adotadas pelas autoridades italianas para tentar vencer os impactos da crise econômica internacional.
Os sindicatos cobram que o plano de austeridade não prejudique as atuais aposentadorias nem reajuste os valores dos impostos sobre bens imobiliários. O plano de austeridade deve ser aprovado pelo Parlamento até o Natal. O plano é formado por um grupo de medidas que incluem redução do déficit em aproximadamente 20 bilhões de euros e ações de estímulo para a economia, no valor de 10 bilhões, além dos cortes.
Especialistas dizem que, se as reivindicações forem atendidas, o Estado perderá cerca de 5 bilhões de euros. Pela proposta do governo, o funcionalismo público vai sofrer cortes e as tarifas serão reajustadas. Mas as centrais sindicais avaliam que a proposta não é equilibrada e defendem que os ricos paguem mais impostos pelas propriedades e pelos bens de luxo.
O primeiro-ministro da Itália, Mario Monti, disse que aos dirigentes sindicais que a situação é de emergência e que é necessário o sacrifício de todos. Apesar do descontentamento dos italianos com o plano de austeridade, o governo pede que a população compre títulos do Estado na tentativa de aliviar a dívida pública.
Para hoje está prevista uma nova emissão de títulos italianos no valor de 7 bilhões de euros.
Para estimular a população a comprar a dívida para ajudar o país, os bancos repetem a iniciativa do “dia dos títulos do Tesouro”, do dia 28 de novembro. Eles não vão cobrar comissões durante a próxima emissão.
*Com informações da emissora pública de rádio da França, RFI // Edição: Juliana Andrade