Em Brasília, mutirão busca alertar para os riscos do câncer de pele

26/11/2011 - 14h51

Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Preocupadas com a probabilidade de desenvolver câncer de pele, centenas de pessoas procuraram hoje (26) o Hospital Regional de Taguatinga, cidade a 30 quilômetros do centro de Brasília, onde ocorria um mutirão para analisar e retirar lesões que podem indicar o problema.

O evento foi organizado pela Sociedade Brasileira de Dermatologia e pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal (DF) na véspera do Dia Nacional de Combate ao Câncer. Além de pequenas cirurgias, os médicos também fizeram alertas sobre as precauções para evitar a doença.

O problema atinge principalmente pessoas com pele e olhos claros, que se expõem com frequência ao sol, quem tem grande número de sardas e sinais, fumantes e também os que têm casos de câncer pele na família. Alguns dos sinais são manchas que não cicatrizam, coçam, ardem, sangram e descamam. Sinais e pintas antigas que se modificam com o tempo também podem ser indicativo da doença.

O aposentado Manoel Brasilino, de 76 anos, viu aparecer dois pequenos caroços no peito e quando começaram coçar procurou um médico. Com a recomendação de retirá-los e dificuldades para conseguir o atendimento de um dermatologista, ele viu no mutirão uma oportunidade. “Coçava e eu estava muito preocupado, agora vou resolver”, disse enquanto aguardava na fila de atendimento no Hospital Regional de Taguatinga.

Após ter uma pinta retirada, a fotógrafa Mel Alencar, de 37 anos, comentou que as campanhas de prevenção e combate ao câncer de pele têm a vantagem de “esclarecer as pessoas” e fazer com que elas procurem tratamento.

Para evitar o câncer de pele, a coordenadora de Dermatologia da Secretaria de Saúde do DF, Vanessa Lima, recomenda o uso diário do protetor solar. Além disso, ela afirma que é importante evitar a exposição excessiva ao sol. “É preciso não exagerar com o sol, evitar queimaduras na pele já que o câncer de pele está relacionado com o número de vezes que você se queima na vida. E usar sempre o protetor solar”, explica. O horário de maior risco de exposição ao sol é das 10h às 16h.

Até o início da tarde de hoje (26), cerca de 450 senhas foram distribuídas para a consulta com dermatologistas no hospital de Taguatinga. Alguns pacientes foram encaminhados para o Hospital Regional da Asa Norte e quem não passar por intervenção cirúrgica hoje será encaminha para atendimento posterior, segundo a dermatologista Vanessa Lima.

 

 

Edição: Lílian Beraldo