Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Além da multa de R$ 50 milhões aplicada hoje (21) pelo Instituto Brasileiro dos Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a subsidiária brasileira da petrolífera norte-americana Chevron pode ser alvo de mais infrações por causa do vazamento de petróleo no Campo de Frade, na Bacia de Campos, no Rio de Janeiro, disse a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.
O Ibama deu prazo de 24 horas para a empresa repassar dados sobre cumprimento da licença ambiental e também a respeito das medidas adotadas para estancar o vazamento de petróleo.
A partir das informações, o Ibama fará uma análise dos dados. Se forem constatadas irregularidades, a Chevron pode ser multada novamente. “A empresa pode ser objeto de outras multas [por causa de danos ambientais]”, disse Izabella Teixeira.
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) também abriu processos de infração contra a empresa por ter omitido informações ao governo brasileiro. De acordo com o diretor-geral da ANP, Haroldo Lima, a petrolífera não repassou todas as imagens de monitoramento do vazamento e omitiu que não tinha equipamento considerado fundamental para execução do plano para estancar o poço. Os dois processos podem resultar na aplicação de multa no valor de R$ 100 milhões.
A presidenta Dilma Rousseff se reuniu na tarde de hoje, no Palácio do Planalto, com a ministra Izabella Teixeira, o ministro Edison Lobão (Minas e Energia) e Haroldo Lima para avaliar os impactos do vazamento no Campo de Frade e as providências a serem adotadas.
Edição: João Carlos Rodrigues