Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A Liga Árabe, formada por 23 países, rejeitou nesse domingo (20) a proposta síria de alterar o plano de paz que foi apresentado para encerrar a violência no país. O governo do presidente sírio, Bashar Al Assad, sugeriu à Liga Árabe a redução do número de observadores estrangeiros na região de 500 para 40.
Pela proposta da Liga Árabe, enviada na semana passada, o papel dos observadores é supervisionar a implementação do plano de paz elaborado pelo governo Assad. Por esse plano, o governo se compromete a encerrar a reação aos manifestantes, retirar militares de áreas de tensão e inciar as negociações com a oposição.
A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que mais de 3,7 mil pessoas morreram em conflitos entre manifestantes e policiais na Síria nos últimos oito meses. Estrangeiros sofrem restrições para ingressar no país.
O presidente Assad disse que a “unidade e a estabilidade” na Síria estão em risco devido à tentativa de ingerência externa. De acordo com ele, seu país não vai se curvar à pressão internacional. Assad alega que os conflitos são causados por "gangues armadas" que geram violência nas ruas. Ele acrescentou que a Liga Árabe quer criar um pretexto para uma invasão ocidental em seu país.
O ministro das Relações Exteriores da Síria, Walid Al Muallem, informou que o país aceitou a proposta da Liga Árabe com “pequenas mudanças” para garantir sua soberania. Segundo ele, alguns países árabes estão usando a Liga Árabe como “instrumento” para envolver o Conselho de Segurança da ONU na crise.
*Com informações da BBC Brasil e da agência pública de notícias de Portugal, Lusa//Edição: Graça Adjuto