Bruno Bocchini
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – Uma paralisação de empregados da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), que administra o Porto de Santos, afetou, no início da tarde de hoje (21), a atracação ou a partida de pelo menos 15 navios. A greve, iniciada às 6h, foi convocada por 24 horas.
Segundo o presidente do Sindicato dos Empregados na Administração Portuária (Sindaport), Everandy Cirino dos Santos, a adesão à paralisação é praticamente total, mobilizando cerca de mil trabalhadores representados pelo sindicato. Estão em greve empregados administrativos e de unidades de fiscalização e de atracação, além de escriturários, e eletricistas. “Só estão trabalhando os funcionários de atividades essenciais, como bombeiros e agentes da Guarda Portuária”, informou Santos.
De acordo com Santos, a greve é um protesto pelo descumprimento do último acordo coletivo da categoria. Ele disse que o acordo com a Codesp previa reajuste dos salários, tratamento igualitário entre a remuneração dos novos funcionários e dos antigos e adoção de auxílios.
A Adesp confirma que a área de atracação do porto está praticamente parada. Em nota, a companhia afirma que submeteu a proposta do acordo coletivo ao Ministério do Planejamento, mas “a pasta federal, entretanto, não autorizou algumas das cláusulas apresentadas”.
Quanto ao tratamento igualitário para os novos funcionários, a Codesp diz que propôs ao Planejamento a suspensão da distinção e que, “em momento algum, deixou de cumprir o que propôs ao Sindaport”. A companhia afirma ainda que o índice de reajuste salarial, de 9,643%, foi aceito pelos empregados.
Edição: Nádia Franco