Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – No segundo dia consecutivo de conflitos no Egito, pelo menos 11 pessoas morreram e quatro ficaram feridas ontem (20) nos confrontos entre policiais e manifestantes na Praça Tahrir, no Cairo. Em fevereiro deste ano, a praça tornou-se símbolo de mudanças e transformações no mundo árabe, pois ali ocorreram os protestos que levaram à renúncia do então presidente Hosni Mubarak.
No último fim de semana, 14 pessoas morreram e mais de 750 ficaram feridas em decorrência de conflitos na Praça Tahrir e nas principais avenidas de Alexandria e cidades históricas do país.
Na praça, que fica no centro da capital egípcia, foi instalado um hospital de campanha para atender os feridos. O médico Mohammed Fattouh disse que atendeu quatro pessoas feridas a bala e que três morreram por asfixia. Os conflitos recomeçaram ontem, depois que as forças de segurança entraram na praça para retirar os manifestantes.
No começo da noite desse domingo, os embates entre policiais e manifestantes se estenderam para as ruas próximas ao Ministério do Interior - localizado perto da praça. Na área, manifestantes atiraram pedras nos policiais, que reagiram com armas de fogo e o uso de coquetel molotov, segundo relatos.
No sábado (19), dois manifestantes morreram no Cairo e um terceiro em Alexandria, durante os tumultos. Cerca de 750 pessoas ficaram feridas, 40 delas das forças de segurança. Os manifestantes incendiaram um prédio e um carro da polícia
Os conflitos ocorrem a uma semana das primeiras eleições legislativas depois da renúncia de Mubarak. Os manifestantes exigem que o líder do governo militar do Egito, marechal Hussein Tantawi, renuncie e seja substituído por um conselho civil.
*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa//Edição: Graça Adjuto