Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNSeg) lançou hoje (6), na Comunidade Santa Marta, a segunda etapa do projeto Estou Seguro. Essa foi a primeira comunidade da zona sul do Rio a receber uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP). A iniciativa é desenvolvida em parceria com o Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade (Iets).
O projeto Estou Seguro foi selecionado em 2008 entre 18 propostas inscritas para receber apoio da Organização Internacional do Trabalho (OIT) na categoria educação. A seleção contempla iniciativas pioneiras na área de gestão de risco para populações de baixa renda.
O Estou Seguro é um projeto de educação financeira com foco em seguros. Ele começou em 2009, por meio de uma pesquisa feita pelo Iets com os moradores da Santa Marta. O estudo apontou o seguro de vida e o seguro funeral como os produtos de maior interesse na comunidade, disse o presidente da Associação de Moradores, José Mário Hilário dos Santos.
Ele destacou a importância da inclusão da população local na área de seguro. “Eu vi que era um acesso que a população não tinha, não percebia, ou era desinformada. E hoje passou a fazer seguro de coisas mínimas, que a gente não dava valor. Agora, [o seguro] faz parte da vida do morador da Santa Marta”.
Para José Mário, o seguro é importante, inclusive, para não pegar desprevenido o morador, em casos de sepultamento, por exemplo. “Inserido no projeto Estou Seguro, esse tipo de percalço não vai ocorrer mais”, disse.
Neste domingo, foi distribuída à população da Santa Marta uma cartilha elaborada pela CNSeg sobre a importância da formação de uma poupança pelas famílias, por meio do seguro. A cartilha será estendida a todas as comunidades de baixa renda do país.
A diretora executiva da CNSeg, Solange Beatriz Palheiro Mendes, explicou que o objetivo da segunda fase do projeto é divulgar o seguro e a educação financeira. “E trazer a consciência da poupança e da capacidade de essa população poder ingressar no mundo da compra do seguro, que garante aqueles ganhos que eles obtiveram nos últimos anos”.
Solange Beatriz acredita que a aprovação do microsseguro pelo Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP), aguardada para o início do próximo ano, vai reforçar a conscientização no que se refere à importância do seguro, favorecendo a entrada desse produto nas comunidades de baixa renda. “O microsseguro é a forma que se entendeu de ter produtos a um custo menor e que atenda à demanda dessa população. Compreende-se melhor a necessidade daquele consumidor que está demandando essa proteção, ao mesmo tempo em que são facilitados os canais de distribuição”, explicou a diretora.
Ela destacou que o corretor de microsseguro é especializado e vem sendo formado na própria comunidade, devido à sua maior proximidade com o público-alvo. “É uma forma que se encontrou de o seguro poder ter custo menor, com a mesma qualidade da cobertura oferecida”. Solange avaliou que “é fundamental que esses corretores sejam originários da própria comunidade. São eles que vão ter uma interlocução mais fácil com essa população”. Na Santa Marta, já foram formados quatro corretores especializados em seguros, que receberam suas carteiras neste domingo.
A Escola Nacional de Seguros (Funenseg) vai promover agora um curso voltado às crianças e aos adolescentes, chamadoAmigo do Seguro, visando a formar essaa cultura, além de novos corretores.
Edição: Graça Adjuto