Isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – Fãs da cantora Emilinha Borba, uma das rainhas do rádio, organizaram hoje (2), Dia de Finados, mais que uma homenagem póstuma a artista. Reunidos no Cemitério São Francisco Xavier (do Caju), na zona portuária, à beira do túmulo da cantora, falecida em 2005, eles pediram o apoio da prefeitura da cidade e da Rádio Nacional do Rio de Janeiro para a criação de um memorial em homenagem à cantora.
O Fã-Clube Nacional Emilinha Borba disse que guarda uma série de objetos pessoais como vestidos de festas, fantasias de carnaval, sapatos e vídeos, todos doados pelo filho da artista. O material, no entanto, não está devidamente armazenado por falta de um local adequado, segundo uma das coordenadoras do fã-clube, Gesa Vasconcelos, de 71 anos, que esteve hoje no Caju.
O grupo sugeriu a criação de um memorial semelhante ao da cantora Carmem Miranda, no Parque do Flamengo, com fotos, roupas e coleção musical de Emilinha. "Isso é parte da história da rádio [Nacional], que também se perderia", disse Gesa. Como a maioria das fãs de Emilinha está na velhice, o receio é que os objetos se estraguem ou fiquem esquecidos.
De acordo com a coordenadora, há seis anos, o fã-clube reúne-se no cemitério. Hoje, vestidos com camisetas com o rosto de Emilinha estampado, dez fãs limparam o túmulo e pregaram fotos da cantora nas árvores próximas ao jazigo. Eles também relembraram episódios que marcaram a vida da cantora e conversaram sobre as produções artísticas inspiradas na artista, que estão em cartaz no Rio.
Além do túmulo de Emilinha Borba, também integra a lista dos mais visitados do cemitério do Caju os jazigos dos músicos Paulo Sérgio, da Jovem Guarda, e de Tim Maia. O túmulo do autor de livros espíritas Bezerra de Menezes também é bastante frequentado.
Edição: Lana Cristina