Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Oficialmente, o comando da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) deixará hoje (31) a missão na Líbia. Os comandantes anunciaram que pretendem retirar as tropas a partir desta segunda-feira. Em comunicado divulgado no dia 28, a entidade informou que os contatos com o governo de transição serão mantidos e, se necessário, haverá apoio para garantir a segurança aos civis.
O secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, disse que a entidade “cumpriu plenamente” a missão, definida pela Organização das Nações Unidas (ONU) para “proteger o povo da Líbia, fazer cumprir a zona de exclusão aérea e o embargo de armas”. Segundo ele, foi uma das atividades “mais bem-sucedidas da história da Otan”.
Na semana passada, o Conselho de Segurança da ONU aprovou, por unanimidade, a resolução que põe fim à autorização para o uso de forças militares na Líbia. A decisão foi tomada apesar dos pedidos do governo de transição líbio para que a missão seja prolongada por mais um mês.
Desde março, as tropas estrangeiras da Otan estão na Líbia. Sob a liderança dos norte-americanos, franceses, italianos e britânicos, os militares disseram que a missão deles era proteger os civis ameaçados pelas forças de Muammar Khadafi, ex-presidente líbio morto no último dia 20. No entanto, há relatos de que houve bombardeios e troca de tiros constantes.
O governo da presidenta Dilma Rousseff se absteve de apoiar a intervenção militar na Líbia. Para as autoridades brasileiras, o ideal é buscar a paz por meio do diálogo e da negociação.
*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa//Edição: Graça Adjuto