Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O governo do Brasil vai ajudar a Líbia enviando arroz, medicamentos, materiais e equipamentos hospitalares, além de dar suporte para a retirada de minas terrestres no país. Nos próximos dias, a ajuda brasileira deve ser encaminhada para os líbios por intermédio da Organização das Nações Unidas (ONU). Para o governo brasileiro, é o momento de fortalecer as instituições líbias e cooperar com as autoridades do país.
A informação é do subsecretário para a África e o Oriente Médio do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Paulo Cordeiro. Enviado a Trípoli, capital líbia, este mês, o diplomata disse à Agência Brasil que o desejo do Conselho Nacional de Transição (CNT) é obter o apoio da comunidade internacional para a reconstrução do país.
Segundo Cordeiro, o próximo passo do governo é reabrir a Embaixada do Brasil na Líbia. A representação diplomática foi fechada e os funcionários foram retirados do país por medida de segurança. De acordo com ele, a reabertura da embaixada depende apenas de ser instaurado oficialmente um governo provisório, pois o CNT ainda não adotou essa medida.
Paralelamente, empresários brasileiros e líbios retomam as negociações em vários setores. Representantes da Petrobras e das construtoras Andrade Gutierrez, Odebrecht e Queiroz Galvão demonstraram interesse em retornar ao país para dar continuidade às operações suspensas durante os conflitos.
As empresas brasileiras atuam na Líbia na ampliação de aeroportos, no saneamento urbano, na construção de infraestrutura. No Brasil, os líbios, em parceira com banqueiros do Kuwait, mantêm o ABC Banco, em São Paulo. Em decorrência da decisão do Conselho de Segurança das Nações Unidas, que congelou os bens de investidores líbios no exterior, a instituição está sob os cuidados do Banco Central do Brasil.
Edição: Juliana Andrade