Jorge Wamburg
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A projeção da Confederação Nacional da Indústria (CNI) para o crescimento do setor em 2011 passou de 3,2% para 2,2%. A previsão da entidade para o desempenho do Produto Interno Brasileiro (PIB) também teve redução, de 3,8% para 3,4%. A razão para o menor crescimento está, principalmente, na menor expansão da indústria de transformação, de acordo com o Informe Conjuntural divulgado hoje (11) pela entidade, em Brasília.
A indústria continua sendo o setor mais afetado da economia na atual situação de desaceleração, segundo o estudo da CNI. A expansão do PIB industrial do segundo trimestre de 2011 foi “irrisória” (0,2% ante o trimestre anterior), de acordo com as Contas Nacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), diz o Informe Conjuntural. Nos dois primeiros meses do terceiro trimestre, a produção industrial não mostrou recuperação: cresceu 0,3% em julho e caiu 0,2% em agosto, na comparação com os respectivos meses anteriores.
A forte competição internacional dos produtos importados continua a prejudicar o setor, bastante afetado também pela valorização cambial nos primeiros oito meses do ano, segundo o gerente executivo da Unidade de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco.
O Informe Conjuntural do terceiro trimestre faz a revisão das expectativas da entidade sobre a economia brasileira em 2011. Entre outros indicadores, além das previsões sobre o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) e do PIB industrial, o documento faz a análise sobre a situação atual e projeções do consumo e dos investimentos. Inclui também as expectativas para o comércio exterior, a inflação, os juros, o câmbio e as contas do setor público em 2011.
Edição: João Carlos Rodrigues