Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A presidenta Dilma Rousseff abre na terça-feira (4) a 23ª edição do maior festival de artes da Europa, o Europalia, que este ano homenageará o Brasil. Ao longo de três meses e meio, serão apresentados 130 shows, 60 apresentações de dança e 40 de teatro, 20 exposições de artes visuais e 80 conferências literárias, distribuídos por cinco países: Bélgica, Luxemburgo, França, Alemanha e Holanda.
Só os ministérios da Cultura e das Relações Exteriores investiram R$ 30 milhões no evento que contou, também, com o apoio financeiro de empresas públicas e privadas. Além de Dilma Rousseff, estarão presentes na abertura do festival os ministros da Cultura, Ana de Hollanda, e das Relações Exteriores, Antonio Patriota.
O diretor de Relações Internacionais do Ministério da Cultura, Marcelo Dantas, um dos organizadores do evento, disse à Agência Brasil que o esforço dos curadores – há um para cada área artística – foi “fugir do óbvio”.
Os músicos Hermeto Pascoal e Egberto Gismonti mostrarão aos europeus um pouco da alquimia que marca o trabalho dos dois, com uma mistura de sons que envolvem instrumentos convencionais e objetos dos mais variados. O rapper carioca Marcelo D2 vai mostrar o som que mistura black music, rock e rap. A banda Pedro Luis e a Parede seguirá na mesma batida.
O grupo Corpo, de Belo Horizonte, reconhecido internacionalmente como uma das mais importantes companhias de dança contemporânea do mundo, mostrará trechos de seus últimos trabalhos. As companhias Giramundo, de teatro de bonecos, e Intrépida Trupe, que há 21 anos mistura circo, teatro e dança nos espetáculos, também estarão presentes.
O poeta e ensaísta Augusto de Campos e os escritores João Ubaldo Ribeiro e Renato Carvalho estão entre os brasileiros que participarão das conferências literárias do Europalia. Nas artes visuais, a escolha dos trabalhos envolve obras do período colonial do Brasil até os dias de hoje. No cinema, a ideia é apresentar um panorama geral do que se produz no Brasil.
O Europalia, criado nos anos 1960, ocorre a cada dois anos e já virou tradição da agenda cultural do Velho Continente. Até a década de 1990, apenas países europeus eram homenageados. De lá para cá, México, Japão, e China já foram destaques no evento. A próxima edição do festival vai homenagear a Índia, em 2013.
Edição: Vinicius Doria