Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Depois de mais de seis meses do terremoto seguido por tsunami no Japão, o governo tenta reconstruir o país. Com dificuldades internas, o partido governista divulgou hoje (28) o plano que propõe reajustes de vários impostos. O objetivo é arrecadar 9,3 bilhões de ienes (cerca de 88,5 milhões de euros) destinados à reconstrução da região. O Japão é considerado hoje um dos países mais caros do mundo.
Apenas para a reconstrução do Nordeste, a região mais afetada pelo terremoto seguido por tsunami, além dos acidentes radioativos, as autoridades estimam que serão necessários 19 bilhões de ienes (cerca de 182,7 milhões de euros) somente nos primeiros cinco anos. Para os quatro anos seguintes são estimados mais 4 bilhões de ienes (aproximadamente 38,4 milhões de euros) de gastos.
Os governistas prometem debater as medidas antes de apresentá-las ao Parlamento, no próximo mês. A ideia é aumentar os impostos cobrados sobre os cigarros, por exemplo. Paralelamente, o governo japonês pretende vender as suas participações na empresa Japan Tobacco.
O governo aprovou recentemente dois orçamentos extras. Neles estão autorizadas as liberações de 6 bilhões de ienes (cerca de 57,6 milhões de euros). Há ainda a possibilidade de aprovar um terceiro orçamento suplementar, no valor de 12 bilhões de ienes (aproximadamente 115,3 milhões de euros).
O terremoto seguido por tsunami e os acidentes radioativos deixaram mais de 20 mil mortos e desaparecidos. Os receios de contaminação radioativa levaram ao esvaziamento de cidades inteiras na região da Usina Nuclear de Fukushima Daiichi, no Nordeste do país. Famílias ainda vivem de forma improvisada e temem voltar para suas casas.
O governo japonês atua na limpeza das regiões atingidas, no monitoramento da radiação nas áreas em volta da usina e na reconstrução de casas e prédios públicos. Economicamente, o Japão sofre danos porque os produtos oriundos da região de Fukushima estão proibidos para consumo e venda. A área é produtora de vegetais e carne.
*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa.//Edição: Graça Adjuto