Lourenço Canuto
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Funcionários dos Correios e a direção da empresa divergem sobre o alcance da paralisação nacional dos servidores, que teve início no dia 14 de setembro, e sobre os serviços comprometidos por causa da greve.
Enquanto o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, e a empresa estimam que 80% dos funcionários estejam trabalhando, a Federação Nacional dos Trabalhadores da Empresa de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) calcula que mais de 70% dos trabalhadores tenham aderido ao movimento – o equivalente a 80 mil funcionários, em sua maioria ligados a serviços de entrega, entre os 107.940 do quadro permanente.
De acordo com José Gonçalves de Almeida, membro da diretoria da Fentect, a adesão à paralisação nas agências está em torno de 40%. De acordo com ele, as entregas de cartas estão quase paralisadas e as de Sedex ocorrem de forma lenta, havendo um grande acúmulo de correspondências nos setores de triagem.
Os Correios informaram que foram entregues no fim de semana 9,4 milhões de correspondências e encomendas em todo o país. Além disso, 27 milhões de objetos postais passaram pela triagem para entrega posterior. Participaram do trabalho servidores das áreas operacional e administrativa. A empresa diz que eles fazem parte dos 80% do efetivo que não aderiram à greve e que vêm garantindo a prestação dos serviços.
De acordo com informação divulgada hoje (27) pelos Correios, o Tribunal Regional do Trabalho (4a. Região) negou ação do sindicato que representa a categoria no Rio Grande do Sul que pedia a suspensão dos dias descontados dos grevistas. O indeferimento foi baseado em jurisprudência majoritária do Tribunal Superior do Trabalho (STF), segundo a empresa.
Edição: Lílian Beraldo
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