Débora Zampier
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A falta de segurança de juízes que atuam em processos envolvendo o crime organizado levou a Corregedoria-Geral da Justiça Federal a tomar providências. Juízes em situação de risco foram contatados por telefone para o oferecimento de escolta, carros blindados e varreduras de grampos telefônicos e de ambiente. Também foram oferecidos serviços de inteligência e de segurança, como a alteração de rotinas e o monitoramento.
O órgão não informa quem ou quantos são esses juízes ameaçados. No entanto, diz que pediu às corregedorias regionais uma atualização dos relatos de situações de risco vividas em todo o país.
A preocupação com a segurança dos magistrados ganhou proporção após o assassinato da juíza Patrícia Acioli, no Rio. Conhecida pelo combate a milícias fluminenses, ela foi morta com 21 tiros em agosto. Apesar de integrar a Justiça estadual do Rio de Janeiro, sua morte alarmou colegas que atuam em nome da União.
Outra medida de segurança adotada pela Corregedoria é pedir à Polícia Federal que reforce a atuação no interior do país, área “normalmente desatendida e mais exposta às ações do crime organizado”. O órgão também está determinado a facilitar a obtenção do registro de armas de juízes e diretores de foro, uma das principais reclamações da categoria.
Edição: Graça Adjuto