Acampados na porta da Assembleia Legislativa, bombeiros fluminenses reivindicam reajuste salarial e libertação de líderes

14/09/2011 - 21h39

Da Agência Brasil

Rio de Janeiro - Centenas de bombeiros continuam acampados na entrada do Palácio Tiradentes, onde funciona a Assembleia Legislativa fluminense em protesto por melhorias salariais e contra a prisão, hoje (14), de dois líderes do movimento: o capitão Alexandre Marchesini e o cabo Benevenuto Daciolo. Eles receberam voz de prisão no portão de entrada do Palácio Guanabara, sede do governo, onde estavam reunidos.

A crise no Corpo de Bombeiros começou no início de junho, quando a categoria reivindicou o fim das gratificações e o aumento do piso salarial para R$ 2.000. Em meio aos protestos, aproximadamente 2 mil militares invadiram o quartel central da corporação e 439 militares foram presos.

O cabo Ademar Baltar, um dos organizadores da manifestação, disse que o movimento é pacífico e que somente os militares de folga estão dormindo nas barracas de lona montadas nas escadarias do prédio e que não há qualquer desrespeito ao estatuto da corporação e à Constituição Estadual. Ele garantiu que a paralisação dos militares não afetará os serviços prestados à população. “A nossa preocupação é não sermos omissos com a população como o governador está sendo”, disse.

A Secretaria de Defesa Civil divulgou nota hoje confirmando a prisão do capitão Alexandre Marchesini e do cabo Benevenuto Daciolo dos Santos pelo crime militar de insubordinação, quando um componente desacata a ordem de seus superiores. Os militares estão detidos no Grupamento Especial Prisional, em São Cristóvão, zona norte da cidade.

No fim de junho, o governador Sérgio Cabral concedeu anistia administrativa aos militares que se rebelaram e sancionou lei que garante a antecipação de seis meses dos reajustes salariais e a concessão do benefício do auxílio-transporte, mas o benefício não foi aceito pelos bombeiros que continuam lutando pelo reajuste do piso salarial.

 

Edição: Aécio Amado