Museu paulistano abre espaço para a música barroca e agrada ao público

04/09/2011 - 18h03

Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil

São Paulo – Há 11 anos, as portas do Museu da Casa Brasileira abrem-se todos os domingos, de março a dezembro, para um público fiel, apreciador da boa música. No final da manhã de hoje, a atração foi a Orquestra Arte Barroca, que apresentou peças muito apropriadas ao belo espaço reservado ao Projeto Música no Museu.

Acomodadas em cadeiras da plateia montada no terraço ou sentadas na grama, ao lado do imenso jardim de 6.600 metros quadrados, as pessoas ouviram cinco peças de um repertório erudito, que incluia composições de grandes músicos italiano, como Antonio Vivaldi e Francesco Geminiani, e do mestre deste, Arcangelo Corelli.
No concerto, além dos violinos, chamaram a atenção a teorba, uma espécie de alaúde, o cravo, o contrabaixo e o violoncelo. Muito aplaudidos, os músicos tiveram que voltar ao final da apresentação para tocar um pouco mais.

Muitos, entretanto, preferiram apreciar peças em madeira e cobre do período barroco que pertenceram a famílias nobres e estão em exposição permanente no museu. O piso, que vai do cimento queimado a largas tábuas de madeira, e as grandes janelas do prédio também são atrações no edifício.

Segundo o diretor artístico da Orquestra Arte Barroca, Paulo Henes, o trabalho do grupo consiste em pesquisar partituras de determinados períodos da história. Um dos dois CDs gravados pela orquestra inclui canções do povo chiquitano, da Bolívia. “Nossa intenção é difundir a música barroca ainda pouco conhecida do público brasileiro”, disse Henes.

Para ele, o barroco foi um período muito rico, com diversidade de obras e acontecimentos em todo o mundo. “Enquanto ocorria um movimento cultural na Itália, na Alemanha, havia outro, e assim por diante, resultando em belas composições que ora eram apresentadas à corte na Inglaterra, ou para o público francês”, destacou Henes.

A diretora do museu,  Miriam Lerner, lembra que, quando surgiu o Projeto Música no Museu, em 1997, o público era bem pequeno, às vezes formado por apenas dez pessoas. O sucesso não demorou: rapidamente o público gostou do projeto, tornou-se fiel e foi crescendo até chegar, hoje, à média de 400 pessoas, disse ela.

As apresentações são gratuitas e os shows de estilos diversificados. Mais informações podem ser obtidas no endereço eletrônico www.mcb.org.br.

Edição: Nádia Franco