Elaine Patricia Cruz
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Instrumentos musicais, máscaras africanas e uma estatueta do Museu Afro Brasil poderão ser tocadas, lidas, vistas e sentidas em uma exposição no Memorial da Inclusão: Os Caminhos da Pessoa com Deficiência, que há duas semanas ocupa um espaço no Memorial da América Latina, na zona oeste de São Paulo. Segundo a curadoria do memorial, os objetos deverão ficar expostos até meados de outubro.
As 13 peças em exposição foram adaptadas para tornarem-se acessíveis às pessoas com deficiências física e sensorial. Segundo Elza Ambrosio, curadora do Memorial da Inclusão, todas as peças são descritas em braile e em fonte ampliada “para que todas as pessoas possam vê-las de todas as formas”.
As obras, segundo a Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência, abordam temas como a religião, o trabalho, a arte e a escravidão, que registram a trajetória histórica e as influências africanas na formação da sociedade brasileira. Entre os objetos estão um espelho de Iemanjá (feito em metal e espelho) e o machado de Xangô (confeccionado em madeira), além de instrumentos musicais como um reco-reco (em madeira), uma gunga (elaborada em couro e com guisos de metal) e um agogô (em metal).
“O Museu Afro resgata a história afro no Brasil com um acervo formado por mais de 5 mil obras. É um museu riquíssimo. O importante de termos obras acessíveis é levar a todas as pessoas todos esses tipos de peças culturais”, disse Elza à Agência Brasil.
O Memorial da Inclusão aborda cada uma das quatro deficiências - auditiva, visual, intelectual e física e também pode ser visitado por meio do site onde os visitantes acessam virtualmente textos e áudios do memorial em português, inglês e espanhol.
A exposição é gratuita. O Memorial da Inclusão fica aberto de segunda a sexta-feira, das 10h às 17h.
Edição: Rivadavia Severo